17/11/2021
Alta do diesel: o novo desafio do transporte de passageiros
FETRONOR

Após o impacto gerado pela redução na demanda de passageiros - consequência da
pandemia da Covid-19 -, o segmento de
transporte rodoviário de passageiros tem um novo desafio a enfrentar: a alta no preço do
diesel , que fechou o mês de outubro com um valor 42% superior ao registrado no mesmo mês de 2020.
O
combustível, responsável por mover as frotas de ônibus do país, é fundamental para que o serviço de
transporte continue a ser prestado para a população. Segundo dados da
Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (
NTU), o
diesel corresponde, em média, a 26,6% do custo total das empresas operadoras do
transporte coletivo de passageiros.
Também de acordo com a
NTU, a queda na demanda de passageiros transportados caiu pela metade na
pandemia, resultando num prejuízo acumulado de mais de R$ 16,7 bilhões no período de março de 2020 a junho de 2021.
Especialistas apontam que a saída para superar o colapso sem que haja aumento nas tarifas é pautada em três pontos. O primeiro é a viabilização de novas formas de custeio dos serviços de transportes púbicos que não dependam somente das tarifas. Depois, a redução dos custos operacionais sem redução da oferta de transportes e, ainda, ações em infraestrutura que deixem os ônibus mais eficientes e com maior velocidade operacional, como mais faixas, corredores e preferência em cruzamentos.
Agora, mais do que nunca, se faz necessário enfrentar esse novo desafio. Desafio este que diz respeito a todo o setor de
transporte e não apenas ao segmento do
transporte de passageiros. Há um enorme impacto para as empresas. Além da necessidade de arcar com custos elevadíssimos de
combustível, é preciso considerar outros custos. Entre eles, a folha de pagamento e a manutenção dos veículos.
A Gazeta